De menina á mulher

Ricardo Gondim Passo por uma fase em que meus valores vêm mudando muito. Ultimamente sinto atração pelos fracos, pelos caídos e pelos desafortunados na vida. Tenho vontade de gritar: chega de campeões, chega de relatórios bombásticos, chega de testemunhos de vitória. Cada vez mais venho aprendendo a partilhar da felicidade dos que não faziam parte de meu universo. À medida que envelheço, percebo nuanças que meus olhos juvenis não enxergavam. São bem-aventurados os que não têm pedigree. Afortunados os que vêm de famílias pobres e por isso podem cantar, como Luis Gonzaga: “Ai, Ai, que bom/ que bom que é/ Uma estrada e a lua branca/ No sertão de Canindé/ Automóvel lá nem sabe se é homem ou se é mulher/ Quem é rico anda em burrico/ Quem é pobre anda a pé/ Mas o pobre vê nas estradas/ O orvalho beijando as flores/ Vê de perto o galo campina/ Que quando canta muda de cor/ Vai molhando os pés no riacho/ Que água fresca, nosso Senhor!/ Vai olhando coisa a granel/

Pai, eu estou indo, estou indo levar o Amor.. Já não sei onde irei , não sei o meu futuro mas não posso parar . Algo aqui me diz que vai ser brilhante, pois a sementes deixadas agora no caminho vão germinar.. Pai só peço que me sustente sempre, sei que estás comigo nessa caminhada. O caminho Pai ele é árduo e a porta é estreita mas te sinto aqui como uma mãe que envolve seus filhos com calor em seu ninho . Sou uma aprendiz de tudo isso, a cada dia mais feliz com novos desafios. E sabe a dor Pai? Ela vem trazendo consigo uma caixa de tesouros, tesouros que serão encontrados durante minha jornada, ela vem pra deixar forte, naquele Livro que o Senhor deixou pra nós diz que é na minha Fraqueza que o Senhor me faz forte, e eu verdadeiramente vesti essa carapuça . Hoje a dor não vem pra me derrubar, ela só serve de impulso pra mim continuar a AMAR ! o Amor lança fora todo o medo :) .